Nesta quarta-feira (11), véspera do dia das crianças, pais de crianças e adolescentes com autismo se reuniram na frente do (CRE-TEA), localizado no bairro do Campo Grande, em Salvador, para falar sobre a precariedade no fornecimento de tratamento aos autistas e o descaso das autoridades sobre a situação que os mesmos se encontram.
Segundo as mães das crianças, o Centro de Referência estadual para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (CRE-TEA), um dos únicos espaços de atendimento para crianças e adolescentes com autismo, está fechado com obstáculos que impedem as pessoas de se aproximarem da porta do espaço. Ainda de acordo com informações dos pais presentes no local, existe um número limitado de vagas, estrutura precária e as crianças só são atendidas apenas nesse centro. Quem chega é mandado embora e o governo do estado não se pronuncia e nem oferece um plano de ação.
“A gente veio aqui hoje para que o CRE-TEA, referencie realmente o autista que procure a unidade porque nem para escrever o nome na lista de espera ele está escrevendo mais. E a gente quer sabe por que? Todo dia um autista é diagnosticado nessa cidade. E essa pessoa? Não vai poder procurar nem um centro de referência?”, desabafou uma mãe.
A manifestação leva também em consideração os pais que tem abdicado de exercer seus trabalhos por não ter com quem deixar seus filhos e o medo de uma possível regressão no desenvolvimentos nas coordenações motoras, psíquicas e sociais dessas crianças.
Em nota, a SESAB respondeu: “As secretarias estaduais da Saúde (Sesab), Justiça e Direitos Humanos (SJDH) e Relações Institucionais (Serin) têm dialogado com famílias e Associações de Mães de pacientes com TEA que pleiteiam acesso aos serviços a fim de acolher as demandas, estabelecer prioridades e buscar soluções conjuntamente com os municípios. O diálogo permanente ocorre na mesa de negociação com as representantes do movimento.”