Memória curta é uma aposta muito comum entre os membros da classe política. Principalmente quando há mudanças bruscas no “método” de fazer política. O exemplo mais recente disso é o comportamento contraditório – para não chamar de ambíguo – do vice-governador Geraldo Jr. (MDB) que, após conduzir sucessivas tentativas de desmontes a proteções ambientais enquanto presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, agora tenta se passar por paladino da moralidade ambiental na capital baiana.
Em propaganda recente do MDB, para, em tese, promover a filiação de novos membros ao partido, Geraldo Jr. assumiu a função de candidato a prefeito de Salvador e, de repente, tentou passar uma borracha em todos os esforços para, por meio de “jabutis”, alterar a legislação soteropolitana a fim de flexibilizar diversos instrumentos legais da cidade. A forma começou ainda no primeiro mandato dele à frente da Câmara, quando o prefeito era ACM Neto (União), e foi intensificado já com Bruno Reis (União) no Palácio Thomé de Souza – com direitos a sucessivos vetos do Executivo, que mitigou os efeitos tentados por ele.